Unificação tecnológica e comercial
Com o objetivo de padronizar a metodologia de serviço, discutir tecnologia e buscar formas conjuntas de comercialização dos serviços oferecidos ao mercado, as principais empresas de clipping e monitoramento da informação do Nordeste estiveram reunidas em Fortaleza, no último dia 29 de junho.
A reunião ocorreu no Hotel Gran Marquise, com o apoio da Abemo e da Prefeitura Municipal de Fortaleza, e teve as presenças dos representantes da V2 Comunicação (RN), Alexandre e Anelly Ferreira; Clipping Notícias (AL), Wellington Lima; CI Comunicação (MA), Cláudio Lopes e Iracema Souza, MidiaClip (BA), Luís Cláudio Garrido; Total Clipping (CE), José Ricardo e Luiz Viana; e I2 Inteligência (PB), José Guilherme da Silva Jr.
O encontro permitiu que cada empresa mostrasse o potencial de atuação no seu mercado específico, além de unificar a grade de pesquisa com mais de 140 emissoras de Rádio e TV, centenas de jornais e revistas e milhares de sites de internet.
“Partimos dos nossos problemas e características para buscar as soluções que nos uniam”, afirma o representante da Bahia, Luis Cláudio Garrido, da MidiaClip. “Vimos o que havia de diferente em nossos métodos e discutimos a padronização do serviço”.
Além de discutirem as formas de atendimento ao cliente e o compartilhamento tecnológico em busca do aperfeiçoamento do mercado, os representantes das empresas estenderam os acordos para as compras coletivas de equipamentos e cooperação técnica – que vão das práticas administrativas de contratação dos profissionais do setor à unificação dos contratos de serviço.
“A boa notícia é que as clipadoras estão em estágios parecidos – maduras para iniciar o trabalho conjunto”, festejou o representante do Ceará no encontro, Luiz Viana, da Total Clipping.
O primeiro encontro das empresas nordestinas ocorreu em maio deste ano, em Maceió, durante a reunião extraordinária da Abemo.
Em novembro, em Belo Horizonte, quando ocorrerá a reunião ordinária de 2012 da Abemo, as empresas farão nova rodada de acordos presenciais.
“A nossa associação é pra valer”, aposta Cláudio Lopes, representante do Maranhão, da CI Comunicação. “Já no segundo semestre deste ano oferecemos nossos produtos ao mercado nacional”.
Debate com o mercado
A grata surpresa do encontro foi a presença do Coordenador de Comunicação da Prefeitura de Fortaleza, jornalista Demétrio Andrade, que aproveitou a passagem dos representantes das clipadoras nordestinas para debater as novas formas de gerenciamento dos conteúdos de informação.
“Hoje o clipping passa por uma mudança qualitativa”, afirma ele. “A transcrição exata ou a gravação dos conteúdos divulgados nas emissoras é importante. Mas a diferença fundamental está na capacidade analítica dos assuntos pesquisados”.
Demétrio testemunhou esta evolução do monitoramento e só tem a festejar: “A Prefeitura de Fortaleza tem todos os tipos de clipping que existem, incluindo as pesquisas de redes sociais, internet, além, claro, das mídias off line, como Rádio, TV, Jornais e Revistas”.
Para ele, o papel do clipping é muito importante: “A capacidade de resposta está diretamente associada à rapidez do envio do material e qualidade da análise”.
Para a Prefeitura de Fortaleza, cada tipo de monitoramento tem uma importância especifica. No caso das redes sociais, por exemplo, o mais importante é preencher o espaço com notícias de interesse do Governo, explicando aos cidadãos o esforço desprendido pela administração pública em busca da melhoria das condições de vida geral da população. “Não queremos mudar a opinião de ninguém. Atuamos como esclarecedores”, avisa.
Demétrio utiliza o monitoramento também como balizador da influência dos formadores de opinião na população em geral. Na qualificação da pesquisa (os subjetivos “positivo”, “neutro” e “negativo”) ele prefere a opinião do profissional de monitoramento responsável diretamente pela pesquisa à visão dos gestores.
“Prefiro que a notícia seja analisada na visão do cidadão comum e não do formador de opinião”, delimita. Para ele, ainda que possa conter imprecisões ou desinformações, esta análise mostra como a notícia é realmente recebida pelo público através do senso comum. “É a partir daí que sabemos se estamos comunicando bem ou não”, conclui.
Fonte: MidiaClip