Apontamentos são do estudo “Tendências mundiais em liberdade de expressão e desenvolvimento de mídia: visão regional da América Latina e Caribe 2017/2018”
Os habitantes da América Latina e do Caribe viram um aumento no acesso a conteúdos em plataformas digitais nos últimos seis anos. É o que aponta o relatório “Tendências mundiais em liberdade de expressão e desenvolvimento de mídia: visão regional da América Latina e Caribe 2017/2018”. O material analisa as tendências da mídia na região e como elas afetam a liberdade de expressão, o pluralismo e a independência dos meios, bem como a segurança dos jornalistas.
O aumento do acesso à Internet é precisamente a “tendência dominante mais importante” encontrada pelo estudo que analisou os 33 países que compõem a região. Segundo este estudo, de 2013 a 2017, o aumento de usuários de internet foi de 17%. Além disso, de acordo com um estudo citado pelo relatório da Unesco, projeta-se que o aumento do acesso à internet através de dispositivos móveis será de 50% até 2020.
O relatório, no entanto, ressalta que ainda há uma grande disparidade na região com base na situação econômica dos habitantes ou da área de residência, seja ela rural ou urbana. Há também uma grande diferença entre a velocidade da banda larga em comparação com os países desenvolvidos. Nesse sentido, o relatório aponta que uma das “necessidades mais urgentes” da região é melhorar a qualidade do serviço de internet.
Internet X mídia tradicional
O aumento do acesso à internet forçou a mídia tradicional a transferir parte de seu conteúdo para plataformas digitais. No entanto, a televisão ainda é o principal meio pelo qual os habitantes recebem suas notícias, o que faz dela um meio que “pode moldar a opinião pública”, um aspecto importante, especialmente nos tempos eleitorais, acrescenta o relatório.
“A maioria dos países está perdendo a oportunidade de promover o pluralismo e a diversidade na radiodifusão, uma vez que a estrutura existente de uso do espectro é replicada e as economias de espectro geradas pela digitalização são concedidas aos operadores atuais”, diz o relatório. “Além de manter o status quo com os operadores existentes, em muitos países a entrada de novas operadoras de televisão comercial ainda não é possível, mesmo quando o espectro está disponível”.
Continue lendo no Knight Center ou acesse o relatório na íntegra aqui.