Dos 58 projetos regulatórios que serão iniciados ou aprovados pelo Conselho Diretor da Anatel até o final de 2018.
O Encontro Telesíntese realizado pela Anatel, nesta terça-feira (20), em Brasília, tratou das perspectivas para o uso de frequências nos serviços de telecomunicações. Segundo anunciou o presidente, Juarez Quadros, "a faixa de 700 MHz está próximo para um leilão, possivelmente ainda em 2018”.
De acordo com a Anatel já está em consulta pública a proposta de reavaliação do modelo de gestão do espectro, que deverá seguir um cronograma de venda adotado, “de forma a permitir previsibilidade da disponibilidade de investimento por parte dos regulados”, afirmou o presidente.
Dos 58 projetos regulatórios que serão iniciados ou aprovados pelo Conselho Diretor da Anatel até o final deste ano, contou Juarez Quadros, 20 deles estão relacionados à gestão do espectro, com destaque especial para a tecnologia 5G.
Juarez Quadros disse que o Brasil está na vanguarda mundial no uso eficiente e racional do espectro, e poderá ser um dos pioneiros da 5G para o serviço móvel em 2020.
“O tempo entre o desenvolvimento dos padrões da tecnologia e a implementação no Brasil tem diminuído”, explicou, por isso a regulamentação deve facilitar a introdução de novas tecnologias, ser tecnologicamente neutra, incentivar a competição e ser atualizada.
Também está sendo avaliada a utilização de recursos para a solução de interferências na faixa de 3,5 GHz, especialmente na recepção de TV aberta por satélite em banda C, do mesmo modo que no processo de digitalização da faixa de 700 MHz.
Juarez Quadros afirmou que os padrões 5G serão muito mais do que uma evolução das redes móveis, ela vai viabilizar novos serviços e aplicações por meio de integração de recursos de rede em uma infraestrutura unificada, “de modo a oferecer conectividade com grande cobertura e disponibilidade para redes de Informação como IoT, IA, Big Data e Indústria 4.0, abrangendo coisas e pessoas”.
Existe um esforço internacional para explorar de forma cada vez mais eficiente o uso do espectro, disse, “diante de uma realidade inevitável: a interconexão de pessoas e coisas em redes de telecomunicações é um movimento sem volta”.
Também participaram do evento o conselheiro da Anatel Otávio Luis Rodrigues Junior; e o gerente de Espectro, Órbita e Radiodifusão da Agência, Agostinho Linhares; além do superintendente de Outorgas, Vitor Elisio.
Fonte: Anatel