Entre os dados, compilados por meio do Impacto.jor, estão, por exemplo, as consequências de reportagens sobre contratos irregulares feitos pela Universidade Federal do Paraná.
Quando passou a circular com sua edição diária apenas no meio digital, em junho do ano passado, o jornal paranaense Gazeta do Povo anunciou que, entre as diferentes iniciativas de um novo modelo com base no mobile first, o jornalismo social ganharia mais importância. Oito meses depois, informa a Rede de Jornalistas Internacionais (IJNet), o diário não apenas conseguiu implementar a iniciativa, como também conseguiu medir o impacto dela, documentado em um relatório.
Entre os dados, compilados por meio do Impacto.jor, desenvolvido por Pedro Burgos, bolsista Knight do International Center for Journalists (ICFJ) com o apoio do Google News Lab, estão, por exemplo, as consequências de reportagens sobre contratos irregulares feitos pela Universidade Federal do Paraná. Após a publicação da investigação, R$16,4 milhões foram devolvidos aos cofres públicos. Mas os pequenos impactos, como quando um leitor informa que uma reportagem fez diferença na vida dele, também estão documentados e têm igual relevância.
“Sempre foi claro para nós que as pessoas vão pagar pelo conteúdo se veem um valor único nele. E o Impacto.Jor é uma ferramenta criada para mostrar o valor exclusivo do jornalismo, que mostra aos assinantes como sua assinatura está apoiando o jornalismo que muda o mundo”, disse Leonardo Mendes Jr., diretor da redação da Gazeta do Povo, ao IJNet. A redação, afirmou o jornalista, adotou rapidamente o sistema. “Sempre que um repórter ou editor vê que houve uma repercussão de uma de suas matérias, eles contam aos colegas: ‘Isso é impacto’ – e depois alguém registra o impacto”.
Fonte: ANJ