A pesquisa registrou o acesso à rede na maioria dos domicílios de todas as regiões do país. Sudeste e Centro-Oeste lideram com o ranking, com 76,7% e 74,7%, respectivamente.
Os números revelados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgada nesta quarta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dão conta de que em 2016, 48,2 milhões de domicílios brasileiros possuíam aparelhos de TV com conversor digital, e 57% delas já estavam recebendo o sinal digital de televisão aberta. Esse índice representa um crescimento de 12 pontos percentuais em relação a 2015, quando 45% dos domicílios tinham acesso ao sinal digital.
“Os dados de 2016 mostram que estamos escrevendo uma série histórica no processo de desligamento analógico de televisão, e as pesquisas futuras vão registrar o sucesso desta iniciativa. Os levantamentos que fazemos antes de desligar cada região já mostram um cenário melhor”, afirmou o secretário de Radiodifusão do MCTIC, Moisés Queiroz Moreira, que participou da divulgação da Pnad 2016.
Ele lembrou que o Brasil é o único país do mundo a fazer, ao mesmo tempo, o desligamento analógico de TV e o remanejamento da faixa de 700 MHz. “Tanto que hoje nós somos uma referência para o mundo neste processo. Mesmo nas regiões mais complicadas não houve uma reclamação”, acrescentou.
As televisões de tubo catódico deixaram de ser fabricadas no país, mas ainda estavam presentes em 46,2% dos lares do país. Por outro lado, 66,8% das residências possuíam aparelhos de tela fina (LED, LCD ou plasma).
Conexões
Em 2016, 69,3% dos domicílios brasileiros estavam conectados à internet, o que significa avanço em relação a 2015, quando o percentual era de 57,8%. A pesquisa registrou o acesso à rede na maioria dos domicílios de todas as regiões do país. Sudeste e Centro-Oeste lideram com o ranking, com 76,7% e 74,7%, respectivamente.
“O aumento do acesso em um ano foi de quase 12 pontos percentuais, um dos maiores saltos que a gente já teve. Nosso nível de acesso já é comparável a países do centro-leste europeu, como Polônia e Rússia, que possuem um perfil de acesso domiciliar como o nosso. Já o acesso entre os jovens tem um número comparável aos países mais desenvolvidos do mundo. O Brasil está avançando no acesso à internet e se descolando da média dos países em desenvolvimento”, avaliou o diretor do Departamento de Banda Larga do MCTIC, Artur Coimbra.
Segundo a Pnad, o equipamento mais usado para acessar a internet nas residências do país foi o celular (97,2%), presente em 46,7 milhões de lares. O telefone móvel foi o único meio de conexão à internet em 38,6% das residências com acesso.
O alcance de 95% do celular é reflexo do forte investimento das operadoras nas redes 3G e 4G e de uma série de políticas regulatórias executadas pela Anatel, que permitiram ao Brasil ter um nível de concorrência no mercado de telecom entre os mais altos do mundo.
O computador ficou em segundo lugar e foi o único meio de acesso em apenas 2,3% dos domicílios com internet, embora presente em mais da metade (57,8%) das residências do país. Já o tablet ficou em terceiro lugar (17,8%), seguido pela televisão (11,7%) e outros equipamentos (1,3%).
Nos domicílios em que não se usava a internet, os principais motivos foram: falta de interesse (34,8%), serviço caro (29,6%) e nenhum morador sabia usar (20,7%).
Telefone fixo
A pesquisa indica que, em 2016, 92,6% dos domicílios possuíam um celular. Já o telefone fixo estava presente em um terço dos lares brasileiros (33,6%), sendo o maior percentual na região Sudeste (49,1%) e o menor na região Norte (11,5%). O levantamento revela ainda que, em 2016, 77,1% da população de 10 anos ou mais de idade possuía telefone celular para uso pessoal. Nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, este percentual ultrapassava 80%, mas não alcançava 70% nos estados do Norte e do Nordeste.
Fonte: Mctic.gov.br